Viva meu país

Depois que viajamos, fico pensando em como nós, brasileiros, mudamos nossos comportamentos e nossa visão em relação ao Brasil quando estamos fora. Por exemplo, basta eu viajar para dar valor às coisas que fazem parte do cotidiano e da nossa cultura, começo a sentir falta até das coisas que mais reclamo, o Brasil passa a ser, simplesmente, o máximo e sem nenhum defeito.
Após uma viagem ao exterior, é fácil entender porque muitos dizem que nós (brasileiros), não vivemos, sobrevivemos. Afinal as coisas nunca funcionam como deveriam, transporte público é uma bagunça,há violência por toda parte, congestionamento de tirar qualquer um do sério, crianças nas ruas, e ainda temos que aturar a corrupção que virou notícia internacional.
Eu reclamo de tudo isso, às vezes da vontade de morar em outro lugar onde não preciso usar o carro, onde os compromissos começam na hora combinada, no geral onde tudo funciona. Mas sabe o que é curioso? É justamente quando estamos longe que enfatizamos e damos valor e tudo muda. Os restaurantes fecham super cedo, se sair para jantar muito tarde corremos o risco de passar fome, as festas que deviam estar boas a 1 da manha, estão quase acabando, tudo funciona certinho demais, ninguém desobedece uma única regra. É nessas horas que eu penso eu quero mesmo é o meu Brasil. Nos tornamos nacionalistas quando viajamos e é por isso e outras razões que vejo isso como essencial, se possível, para a a vida de todos nós. Só assim podemos ter os critérios necessários para chegar à seguinte conclusão: não existe o país perfeito ou lugar perfeito.